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Prefácio – Por Cezar Taurion

Estar nas redes sociais é, hoje, algo imprescindível. Essa obrigação se aplica também ao Brasil, que contém um dos maiores volumes de consumidores dessas mídias em todo o mundo. Nossa população passa, em média, 13,8 horas nas páginas das redes sociais.

Mas, tão ou mais importante que marcar presença nas mídias sociais é ter definida uma estratégia que integre os meios digital e analógico. Cada veículo digital é diferente entre si – Facebook difere do Twitter, que difere por sua vez de LinkedIn, e assim por diante –, mas é possível, apesar das diferenças, complementar os meios. Televisão e Twitter, por exemplo. Durante uma partida de futebol,  um processo de marketing tradicional é capaz de contemplar o seu período de ocorrência. Compra-se o jogo para a realização de inserções no horário de transmissão, porém a discussão sobre ele começa muito antes, também durante e por algum tempo depois. Os torcedores se ocupam em provocar seus rivais antes, durante e depois dos jogos: a brincadeira (e a repercussão) dura muito mais tempo que a própria partida. Na verdade, esse tema específico dura por horas, às vezes dias, antes que o evento ocorra, e muitas horas e alguns dias depois.

Essa realidade muda bastante, em primeiro lugar, a maneira como se faz comunicação. Em segundo – e essa é uma ameaça para quem ainda se encontra em um mundo inteiramente analógico –, muda também a importância mercadológica que esse simples jogo possui. Concentrar-se apenas no evento faz com que se perca uma enorme oportunidade de comunicação nos períodos que o antecedem e o ultrapassam. Se você fizer uma comunicação na linguagem e no momento adequados – não adianta parabenizar ou fazer uma grande cerimônia somente sete anos após alguém ter realizado algum feito! –, então o potencial das redes sociais consegue se mostrar quase que por completo.

Nem mesmo a televisão é capaz de oferecer tanto dinamismo e agilidade. Enquanto a vergonhosa exibição que resultou nos sete a um aplicados pela seleção alemã de futebol ao Brasil pela Copa do Mundo de 2014 seguia para o intervalo comercial, as propagandas que diziam “joga pra mim” e “mostra tua força, Brasil” chegavam a causar algum constrangimento, efeito que a mídia digital permite reverter por atuar em tempo real – e evita-se assim que se paguem mais micos ainda!

Da mesma forma, as mídias digitais não podem desempenhar o papel da televisão, do rádio, do jornal ou de qualquer outro meio tradicional. É comum entrar nas páginas das empresas e observar postagens sendo utilizadas como se o espaço fosse destinado ao típico press-release (comunicado de imprensa). Muitos daqueles que usam as mídias sociais não entendem se tratar de um conjunto de ferramentas que se configuram como meios muito particulares, mantendo clara diferenciação para o jornal; em vez disso, tentam impor o padrão de um ao outro, indistintamente. Não é assim que se faz mídia social: o intuito desses canais é, grosso modo, compartilhar e interagir. Na rede social, as empresas devem compartilhar e interagir com o público, não fazer comunicados de imprensa.

Por isso, as empresas devem estar preparadas para receber críticas, debater e/ou expor pontos de vista publicamente, ou seja, verdadeiramente dialogar com o público. Não basta simplesmente chegar até Facebook, Twitter ou qualquer outro canal digital e começar a postar comentários indistintamente. É necessário preparar-se antecipadamente para atuar nas mídias sociais, perguntando-se: eu tenho um planejamento? Imagine-se trabalhando para uma empresa aérea. Na página do Facebook vinculada a ela, você, responsável pela sua gestão, faz propaganda de viagem e turismo. Certo dia, um acidente de proporções importantes ocorre, fato que destoa por completo do que é normalmente veiculado; faz-se necessário, então, compartilhar a notícia de alguma maneira, e não adianta fazer propaganda de um passeio paradisíaco ou destino encantado quando um acidente horroroso acaba de afetar sua companhia. Por essas e outras razões, é necessário estar protegido para evitar que uma estratégia meramente contemplativa, produzida de antemão, continue operando, do contrário as reações se tornam desgovernadas e todos acabam “batendo cabeça”, sem que um plano de crise previamente preparado possa salvar sua equipe.

No caso do jornal, não há muito remédio: após sua impressão, horas separam as manchetes daqueles fatos que estão ocorrendo no exato momento de sua leitura. Na internet, os fatos e notícias podem e devem ser divulgados em tempo real. Se você redige algo quatro horas atrás e o mantém no ar mesmo após algum outro fato ter mudado completamente o seu contexto, fica clara a falta de planejamento. O mundo em tempo real é diferente. Ele exige que ações e reações ocorram de imediato. A falta de planejamento incorre na seguinte situação: ainda que um redator ou outro jornalista tome ciência das novas circunstâncias, todo o processo que norteará as ações continuará a ser analógico: “avise lá ao editor que a matéria precisa ser trocada”, e a resposta pode ser “mas já estava programado” ou “o anunciante já pagou”; nesse impasse, já se foram mais duas horas. Se alguém fizer uma captura de tela através do comando de print screen dessa gafe e resolver divulgá-la, você estará diante de uma mancha para a marca que você defende. Esse é o tipo de fardo que uma empresa de mídia, segmento que se propõe a ser atualizado e lidar com informação, não deve ficar muito contente em carregar. Quaisquer mensagens futuras ficarão marcadas pela baixa credibilidade associada ao evento negativo.

Quem trabalha ou pretende trabalhar com comunicação, marketing, propaganda ou coisas do gênero, deve ter em mente que suas ações precisam se refletir de alguma maneira para a organização da qual faz parte, seja em forma de imagem, seja em forma de resultados práticos. Embora não seja uma tarefa muito fácil traçar a correlação entre uma propaganda e o aumento de vendas, de alguma maneira é possível fazer as devidas mensurações – desde que se estabeleçam as métricas necessárias.

O processo de mensuração com o qual os profissionais das mídias tradicionais estão acostumados não é o mesmo em relação às mídias sociais. “Número de leitores”, por exemplo, não é uma métrica que faça sentido para o marketing digital. O número de visualizações, fazendo uma equiparação, não representará, sozinho, muita coisa, pois o visitante pode simplesmente ter entrado em uma página e ter ido embora (bounce rate). Transpor a métrica de um meio para outro não é, portanto, o melhor caminho.

Como então proceder nesse caso? Talvez se deva buscar uma métrica que represente de fato que o visitante ou usuário esteja efetivamente observando uma matéria ou propaganda, ou clicando em algum botão. De que adianta criar uma propaganda que não despertou a atenção do público? Nas mídias digitais, as empresas disputam um dos recursos mais escassos existentes: o tempo. A disputa pelo tempo independe da classe social a que pertence o público: bilionários não podem comprar 48 horas por dia apenas por terem mais dinheiro. Dispondo do mesmo tempo de todo o restante da população, ele utilizará seu tempo da maneira que lhe for mais conveniente.

A mensagem deve, portanto, ser suficientemente criativa para valer a pena, com alta capacidade de despertar interesse e cobrir satisfatoriamente o tempo nela investido. Vamos supor que um profissional de mídias sociais tenha feito uma campanha promocional e observe um aumento nas vendas e no sentimento positivo sobre a marca. Ele tentará correlacionar sua ação àquelas consequências, e deverá fazer isso através de ferramentas de análise de dados. Para medir o impacto da campanha sobre o sentimento da marca, por exemplo, utiliza-se mecanismos de captura de textos e avalia-se se o viés das mensagens foi majoritariamente positivo ou negativo, comparando os índices ao de um período anteriormente avaliado – e para entender um problema real, nada melhor que ouvir o que o próprio cliente tem a dizer. É preciso explorar todo o contexto que as mídias digitais oferecem. Promover as mesmas métricas empregadas nas mídias tradicionais não vai ser útil para o marketing digital. Portanto, é necessário planejar não apenas as ações para desenvolvimento, mas também as métricas que devem ser utilizadas e de que forma será possível provar a efetividade do caminho traçado. Pergunte a si mesmo: Estou utilizando as mídias adequadas? Estou investindo a quantidade certa de dinheiro? Será que o meu público é esse? Uma clínica geriátrica talvez não precise investir tanto no Twitter…

Muitas organizações não possuem critérios adequados para investir nas redes sociais. Em alguns casos, elas entram em todas e atuam de maneira semelhante; em outros, não adotam nenhuma, e perdem canais de enorme potencial de comunicação; por fim, há aquelas que entram em algumas, simplesmente por questões de gosto particular ou para imitar a concorrência. Reunir rapidamente um grupo de pessoas de comunicação e dizer “vamos participar do Facebook”, depois, “vamos participar do Twitter” é um caso evidente de despreparo. Como esses profissionais saberão lidar com um público que muito provavelmente desconhecem?

Quem está nas mídias sociais pode ser classificado de acordo com inúmeras categorias. Há uma geração digital, que possui intimidade fantástica com a tecnologia e seu modelo mental já está ajustado a este mundo. Mas há também o pessoal do mundo analógico, que pode ainda ser classificado em subcategorias – e não necessariamente por idade, mas principalmente pela maneira como interagem com o mundo digital: há os “naturalizados”, pessoas anteriores à ubiquidade da web, mas que, por possuírem intimidade com tecnologia, se inserem com alguma facilidade, embora mantenham resquícios do mundo analógico; os “migrantes” são aqueles que, apesar de marcarem presença no mundo digital, ainda guardam em si muito do mundo analógico, sem utilizar a internet com grande confiança; os “turistas” são os que utilizam a World Wide Web para o mínimo necessário (alguém que entra no Facebook, dá um “like” para alguém e vai embora, logo regressando ao ambiente analógico); e há o “eremita”, aquele que só será alcançado pelas mídias tradicionais, não possui celular, computador ou qualquer coisa do gênero. Excetuando-se esse nicho, o restante depende de uma linguagem adequada.

“Que tipo de produto estou vendendo?” – uma empresa esportiva, por exemplo, exige uma estratégia digital distinta da de uma varejista. Ainda que se tratem simplesmente de lojas, cada uma recebe um público com interesses específicos. Quem visita uma loja de produtos esportivos procura por artigos de esporte, mas isso não é tudo. Esse público também busca por mais informações, diálogo com outras pessoas (sobre corrida, futebol ou temas relacionados) e interação em uma comunidade que compartilhe dos mesmos interesses, especialmente com aqueles indivíduos que se aprofundam nos temas. Portanto, a página dessa empresa reunirá não apenas consumidores, mas curiosos que procuram se especializar e ir mais a fundo nas práticas envolvendo os seus exercícios físicos. Já o público de varejo possui outro tipo de objetivo. Ele está mais interessado na busca de preços para eventuais comparações com produtos oferecidos por outras lojas, e raramente destinará muita atenção a maiores explicações naquele ambiente (embora o faça em outros lugares). Para atraí-lo, é preciso utilizar outro tipo de estratégia de comunicação, talvez investindo o foco nos preços e nas garantias dos produtos.

Tudo isso deve estar previsto no planejamento inicial. Quem é o público? Como vou alcançá-lo? Que tipo de informação esse público quer? É preciso ter a visão de onde se pretende chegar. “Queremos estar no Facebook” é bom, mas insuficiente. A tarefa não é tão simples quanto parece – ocorre que, na maioria das vezes, os responsáveis a desempenham de maneira simplista, o que é bem diferente e explica as bobagens que vêm sendo feitas por aí. O primeiro passo é pesquisar bastante e passar a conhecer bem sobre o assunto para ter boas histórias a contar.

Para contar boas histórias, devemos desenvolver a habilidade de ilustrar situações (mesmo os textos, nada mais que representações descritivas, atuam assim). Nós somos seres visuais e reconhecemos rapidamente imagens. Por outro lado, quando apresentamos uma planilha em formato de texto, acabamos por não conseguir chamar a atenção da maneira como desejamos, seja para destacar um dado específico, seja para conhecermos o caminho a seguir (o que fazer e o que não fazer). Tudo o que puder ser feito visualmente terá efeito extremamente positivo. Um diagrama facilita classificações sobre oportunidades, tendências e o que mais for – ao contrário do texto corrido, cuja essência abre espaço para que, ao chegar ao final, o leitor tenha esquecido aquilo que viu no início. O apelo visual é excelente, por exemplo, para tomadas de decisão e identificar contradições, por estar muito alinhado com o nosso modelo mental: nosso cérebro é preparado para identificar padrões. Diagramas são, portanto, atalhos para a identificação de padrões. Esse livro representa uma ferramenta importante para a construção do pensamento visual e o seu desdobramento em planejamento de marketing digital.

– Cezar Taurion

Autor de sete livros pela Brasport, destacando-se Big Data e Cloud Computing: Transformando o Mundo da Tecnologia da Informação
Rio de Janeiro, agosto de 2014.

Para quem este livro se destina?

Para quem este livro se destina?

“A sua marca vai estar nas redes sociais e a pergunta é: você a acompanhará?”

Tudo que se diz fora das redes sociais é dito também dentro delas. Elas são as mesas de bar, o almoço no trabalho, o momento no sofá com o pai, o desabafo com os amigos, a conversa com parentes distantes, as discussões dos palanques, o saudosismo infantil, os auditórios e até mesmo a intimidade conjugal. As pessoas comentam sobre o nascimento de seus filhos, o preço absurdo do pão francês e a idoneidade dos últimos políticos eleitos. Muito provavelmente as redes sociais também estão falando de você e de mim, portanto este livro se destina, em primeiro lugar, para os curiosos e paranoicos!

Brincadeiras à parte, acreditamos ter aqui um material eficiente para que você e sua organização transformem o planejamento digital em resultados. Para todos aqueles que pretendem ter uma visão geral sobre suas ações digitais, sejam elas voltadas para um blog, portal ou produto, uma empresa, marca, pessoa pública ou instituição filantrópica, um político, personagem fictício ou o próprio portfólio, recomendamos a sua leitura. Em sua configuração, este livro contempla aqueles que entendem bastante, pouco ou mesmo nada de mídias sociais. De forma didática, ele fornece um material capaz de guiar qualquer um que atue com as redes sociais no julgamento sobre os melhores meios de suprir suas necessidades de mercado.

O que está descrito nele foi produzido para funcionar hoje, amanhã e/ou daqui a dez anos; ainda que os canais digitais mudem dramaticamente, as propostas procuram manter-se dinâmicas, funcionais e conceitualmente atuais (o que hoje consta como Google Adwords pode servir para o Google Glass Adwords de amanhã!).

 

Estudantes de marketing

Mais que simplesmente encontrar ações para canais digitais, vocês estarão diante de planos de marketing e de comunicação. Todos aparentam ser bons e eficientes, mas que tal montar o seu próprio plano para as suas apresentações? Não pense que será moleza, pois o planejamento vai exigir defesas para todas as suas escolhas. Sinta-se livre para utilizar as ferramentas deste livro. Você perceberá que, após preencher alguns campos, será possível priorizar os itens automaticamente. Incremente o seu projeto, leve essa proposta de solução para o professor e faça a diferença: o seu interesse pode fazê-lo se destacar no ramo do marketing digital no futuro próximo. Não deixe de conferir o capítulo de métricas, pois ele irá ajudá-lo a traçar um plano de controle sobre o retorno dos investimentos que você propôs.

 

Professores

Os apontamentos sobre planejamento de marketing contidos neste livro são complementares a outras iniciativas. Trata-se de uma alternativa para quem busca um método didático através de representações visuais, sem com isso deixar de exigir estudo de caso e defesas elaboradas. Ele pode servir como porta de entrada para quem está tendo seu primeiro contato com um planejamento digital e como opção a mais para quem já faz uso dos canais digitais, porém sem grandes critérios. Reforçamos durante toda a apresentação a importância de traçar objetivos e realizar monitoramentos, a partir de estudos sérios sobre medição de sucesso das ações digitais realizadas, em oposição ao subjetivismo que ainda marca o mercado. O livro também conta com tabelas lógicas que auxiliarão na escolha racional dos canais mais relevantes para cada proposta, com base em critérios claramente definidos.

 

Profissionais de marketing

Se você, profissional de marketing, tem o desafio de apresentar um plano de comunicação de mídias sociais em sua empresa ou quer simplesmente impressionar o seu chefe, tente fazê-lo com o Diagrama de Soluções Digitais. Apresentamos nele um sistema intuitivo para você organizar a presença e a interação entre os canais disponíveis na web em uma só tela. Se você precisa defender a necessidade da presença em determinado canal, tente a Planilha de Priorização de Canais. Um dos pontos mais importantes deste livro é o que ele traz de ensinamento sobre métricas e monitoramento. Atualmente, muitas empresas não possuem um real controle sobre como suas ações vêm sendo distribuídas digitalmente e, pior que isso, perdem a oportunidade de observar e acompanhar os resultados. O ambiente digital possui enorme potencial para verificar as tendências do público, ao contrário dos canais tradicionais, como o jornal e a televisão. Você pode efetivamente ter acesso a dados precisos (quantos cliques exatamente ocorreram sobre determinada peça, quanto tempo um usuário permaneceu em sua página virtual ou quais foram as áreas de seu site mais acessadas no intervalo de uma semana, por exemplo). Trata-se de um novo mundo de possibilidades na hora de produzir relatórios e demonstrar resultados.

 

Gestores

Ao dividir sua equipe para a realização de atividades envolvendo os canais digitais da web, você se vê diante da seguinte pergunta: quais são os meios mais adequados para a empresa em que atuo? Depois de perguntar a si mesmo sobre os canais sociais mais adequados para determinados objetivos, você então pensa: como vou direcionar minha equipe? Com técnicas simples baseadas em raciocínios complexos, o diagrama apresentado neste livro pode ajudá-lo a selecionar os canais e distribuir adequadamente os esforços, permitindo também a visualização e o controle sobre toda a ação que está sendo implementada. A obra traz, ainda, mais de uma ferramenta consagrada no mercado. Combinadas entre si, elas resultam em uma forma elaborada de gerenciamento de tarefas. Produza o DSD, apresente-o à sua equipe, discuta-o (trata-se de uma ferramenta flexível) e aplique-o. Você verá, ainda, uma seção de métricas on-line e off-line que abrirão espaço para gestão do desempenho, produção de relatórios e apresentação de resultados. Acompanhando os dados disponíveis, torna-se possível identificar as mudanças necessárias na equipe e na distribuição dos esforços.

 

Empreendedores de pequeno e médio portes

Os canais digitais são mecanismos inovadores no campo de relações de consumo. A conquista de novos clientes depende de bons trabalhos de marketing digital, através de redes que permitem formas de otimização quanto a atendimento, comunicação, monitoramento e mensuração de resultados como nunca se havia visto na história. Um cliente recorrente vai procurar seguir a sua empresa nas principais redes sociais, vai comentar sobre seus serviços e produtos e será peça-chave na condução da sua marca – não é bom, portanto, deixá-lo falando sozinho. Um cliente insatisfeito é capaz de convencer negativamente muitos outros sobre sua empresa e alguém que se expressa muito bem pode vir não apenas a se tornar um consumidor leal, como também um embaixador de marca (customer advocacy). A oportunidade apresentada pelo social business é ímpar em toda a existência da sociedade, e você pode saber praticamente tudo o que se passa com os seus clientes, principalmente o que eles entendem pelos seus serviços. Este livro alerta para a importância das redes sociais na condução dos negócios na atualidade, e pode conduzi-lo na melhoria dos seus resultados, no aumento do vínculo do seu público com a marca e, principalmente, nas suas vendas. Não adianta, porém, atirar para todos os lados. Se você pretende fazer esse trabalho sozinho ou delegá-lo a um gestor de mídias sociais, então não deixe de ler este livro. Confira os métodos por ele apontados na hora de escolher os canais de caráter imprescindível para o seu negócio, como organizá-los e utilizá-los. Concentrando os esforços nos canais corretos, você poderá observar em pouco tempo um retorno muito positivo, inclusive dispondo de métricas que lhe possibilitarão julgar o retorno do seu investimento: uma série de medidores se encontram na última parte do livro para o seu livre e irrestrito uso.

De mãos dadas para atravessar a rua

Tal qual uma travessia, um livro percorre um caminho de um lado a outro; um desses lados é porventura (ou por convenção) chamado de início, outro, de fim. A linha que separa começo e final pode ser muito clara algumas vezes, e muito tênue em outras. Isso pode ser observado especialmente quando lidamos com iniciativas experimentais – caso desta obra. A proposta de um livro dessa natureza deve ser, portanto, de servir como ponte entre caminhos separados por obstáculos, porém à sua própria maneira – e por essa mesma razão, encorajar seu público leitor a fazer o mesmo com o conteúdo nele expresso.

A obra está dividida em nove capítulos, a saber:

 

Capítulo 1: Apresentando o Planejamento

A Web 2.0 marcou para sempre a história não apenas da internet, como do mundo dos negócios. Com o surgimento dos gigantes do mundo das redes sociais – Google e Facebook –, a sociedade se viu diante de um complexo e intrincado sistema de comunicação global e em tempo real. No Brasil, o Orkut faturou três em cada quatro internautas em seu auge, e o Facebook, surgido pouquíssimo tempo depois, domina hoje o mercado por completo. Com a ascensão das redes sociais, emergiu também o social business, e logo os canais da internet passaram não apenas a comportar os negócios, mas a protagonizá-los (até o momento, alguns dos mais renomados especialistas acreditam que somente sobreviverão aquelas organizações que se tornarem inteiramente digitais).

Para fugir do risco da obsolescência (e mesmo do desaparecimento), é necessário planejar detalhadamente cada ação imaginada para aproveitar o intenso e vasto fluxo promovido pelo ambiente digital. No capítulo um, apresentamos as quatro etapas que culminam em um planejamento de marketing digital bem sucedido: Planejamento Estratégico, Seleção de Canais, Montagem do Plano (DSD) e Desdobramento em Meta e Métricas.

 

Capítulo 2: Planejamento Estratégico

Nos anos 90, Robert S. Kaplan e David P. Norton lançaram um grande e logo bem sucedido projeto, o hoje aclamado Balanced Scorecard (BSC). Com ele, pretendiam medir fatores de desempenho corporativo, em um sistema fundado sobre colaboração e tecnologia da informação. Com isso, refundaram as bases do planejamento estratégico nas organizações em todo o mundo.

No capítulo dois, apresentamos as bases do BSC e os seus principais mecanismos, trazendo do âmbito de planejamento panorâmico de todo o negócio para aplicações bastante específicas do mercado digital. Além dele, essa parte chama a atenção para mais três elementos fundamentais do plano: Seleção de Canais, Estudo de Marca e Estudo das Redes Sociais.

 

Capítulo 3: Planilha de Priorização de Canais

Cada rede social, site ou portal presente na internet possui seu próprio valor, e ele varia de acordo com uma enorme série de variáveis. Definir o emprego dos canais digitais para um negócio é possível, e existem meios de tornar as opções mais praticamente viáveis.

O capítulo três apresenta a Planilha de Priorização de Canais, ferramenta de auxílio para a escolha dos canais digitais através de critérios que ajudam a identificar a relevância de cada rede social para uma marca. Ela se divide em três etapas: Critérios de Seleção, Pontuação dos Canais e Rankings.

 

Capítulo 4: Montagem do Plano (DSD)

O Diagrama de Soluções Digitais (DSD) é o objeto principal do argumento do livro. Trata-se de uma representação visual organizada que sintetiza tudo aquilo que foi planejado nas etapas anteriores. Ele surgiu como solução para estruturações de planejamentos de marketing digital com economia de tempo e ganho de versatilidade. Sua concepção vem para servir aos executivos e profissionais de marketing que precisam executar tarefas que variam desde apresentações para palestras até reuniões do mais alto grau de importância.

O capítulo quatro apresenta o DSD, cuja composição é feita a partir de três elementos: figuras geométricas (representações de sites, blogs ou outras redes sociais), linhas (conexões entre os canais) e indicadores de esforço (intensidade de trabalho para cada canal).

 

Capítulo 5: Estudo de Caso: Business to Business (B2B)

O capítulo cinco traz todos os elementos envolvidos na produção do DSD aplicado à agência digital Infobase Interativa. Iniciado com um breve briefing, a empresa do ramo B2B é detalhadamente mapeada para a formação do diagrama. O capítulo percorre por inúmeros argumentos para a utilização de cada canal digital, justificando cada relação, intensidade e relevância dentro do planejamento.

 

Capítulo 6: Estudo de Caso: Instituição Filantrópica

O capítulo seis, a exemplo do capítulo cinco, esboça os elementos de produção do DSD, desta vez aplicado à instituição filantrópica britânica British Heart Foundation (Fundação Britânica do Coração). Novamente, um breve briefing introduz o leitor à empresa analisada, preparando o terreno para a construção do DSD. Empregando argumentos e defesas para classificar os esforços destinados a cada canal digital, o capítulo seis procura demonstrar como o marketing digital também pode ser utilizado para entidades sem fins lucrativos.

 

Capítulo 7: Estudo de Caso: Varejo (B2C)

O capítulo sete contém os elementos de confecção do DSD para o vasto e complexo ramo do varejo online (B2C). Com o e-commerce em alta no Brasil e no mundo, ele mostra como o diagrama pode ser aplicado à marca Submarino, gigante do comércio eletrônico mundial. O fato de a Submarino ter começado como um site demonstra como o varejo online tem um potencial inesgotável para o marketing, especialmente o marketing digital. Nesta parte, o destaque fica por conta de elementos especiais com relação às mídias pagas, estratégias de segmentação de anúncios de texto e anúncios gráficos pelo Google.

 

Capítulo 8: Invista em Métricas

Para investir no marketing digital, o profissional deve estar atento a inúmeros fatores, desde a estrutura física de uma organização até o conhecimento sobre as últimas tendências do mercado de tecnologia.

O capítulo de métricas apresenta um grande conjunto de elementos que devem ser levados em conta para o planejamento estratégico, dividindo-os em oito categorias: Atendimento ao Cliente, Finanças, Recursos Humanos, Tecnologia da Informação, Marketing, Vendas, Conteúdo e Mídias Sociais.

 

Capítulo 9: Conclusão

O capítulo nove ressalta mais uma vez a importância do planejamento em estratégias para mídias sociais. Ele encerra os benefícios trazidos pelo movimento de colaboração no ambiente digital para os negócios, interligando brevemente as principais ferramentas citadas ao longo de todo o livro.